Por: Solange do Nascimento e Gisella Parreira Batista.
(Precisa-se de um espelho)
Acolhida – Boa noite, queridas crianças. Boa noite a todos aqui presentes. Sejam todos muito bem-vindos a esta celebração.
Ainda estamos no mês de maio e ele é todo especial porque celebramos com mais alegria o mês de Maria nossa mãezinha querida. Peçamos a ela que nos ajude a sermos sempre mais amáveis e a sabermos perdoar como seu filho sempre o fez.
E por falar em amar crianças, vejam s ó o que eu trouxe aqui comigo: um espelho.
Eu gostaria de escolher uma criança para se olhar nele.
O que você vê neste espelho?
Olhe só, ela se vê linda como Deus também nos vê, afinal de contas, somos perfeitos diante dos olhos de Deus.
Agora é a minha vez , quero me ver neste espelho , eu que sou adulta é que saberei falar melhor.
Gente, mas o que é isso? Esse cabelo branco aqui ? ontem ele não estava , quem plantou ele em mim ? E essas ruguinhas que eu não tinha?
Mas que isso?! Que nariz mais estranho, acho que se eu fosse menos bochechuda, ou minha boca fosse igual a da Jolie , ou se eu tivesse olhos azuis... ou se eu colocasse botox aqui ...
Pera ai !!!!Pode parar !!Quê isso, gente! Por que será que quando somos pequenos nos vemos como Deus nos vê Deus e nos amamos tanto e quando começamos a crescer vem junto dele nossas insatisfações?
Como é difícil amar a nós mesmos, se não nos acharmos perfeitos como Deus nos vê? E tudo se torna mais difícil ainda ,quando ouvimos através das palavras do Senhor que devemos amar aos outros como Ele nos amou! Como fazer isso acontecer se nem eu me amo, sou um poço de insatisfação ?
Ai está o nosso maior desafio, crianças, nos amar muito e nos amando temos a certeza de que amaremos muito mais àqueles que nos rodeiam. Vamos então com alegria iniciar nossa celebração que nos falará do amor de nosso Deus e do nosso pelos nossos irmãos.
Ato penitencial – (Pode-se reduzir pela metade se achar que ficou grande, usar lâminas)
Jesus hoje nos ensina o maior de todos os mandamentos que devemos amar ao nosso próximo como Ele nos ama.
Mas vamos entender quem é o próximo a quem devemos amar e perdoar, ajudando-o a ser melhor a cada dia?
Olhem só : Aquele preso é nosso próximo ? A gente o ama? Mas ele é o nosso próximo sim, podemos não amar o crime que ele fez, mas a gente tem que amar e perdoar o ser humano que ele é .
Aquele menino pobre que pede esmola na rua, ele é nosso próximo? A gente o ajuda? Se ajudamos porque ele continua na rua pedindo esmola ?
Aquele velhinho ali está no asilo, ele é o nosso próximo? Nós o ajudamos? E os velhinhos da nossa casa, nós os respeitamos e os ajudamos também?
Aqueles ali são doentes, eles tem AIDS, eles tem câncer. Eles são nossos próximos? Procuramos ajudá-los? Ou ao menos visitá-los?
E esses pobres são nossos próximos? Nós os ajudamos dentro de suas necessidades? Ou eles continuam a margem da sociedade, lutando sozinhos, enterrando seus mortos de fome sozinhos... Sem a ajuda de todos nós?
E pelo mundo!? As vítimas das catástrofes da natureza, dos furacões, dos terremotos, das enchentes, da seca, são nossos próximos? Ao menos rezamos por eles? Pedimos a Deus por suas vidas, pelos seus sofrimentos?
Como podemos dizer que amamos a Deus se não amamos as criaturas que ele criou, nossos irmãos, nosso próximo como devemos e, muitas vezes, nem sabemos quem é o nosso próximo?
Como é que podemos pedir a Deus seu perdão se a gente não aprendeu a perdoar aos nossos irmãos que erram?
Como é que podemos pedir perdão a Deus se nem ao menos demonstramos amá-lo também?
Por isso devemos pedir perdão a Deus e pedindo também que Ele nos ajude a enxergar o nosso próximo e amá-lo como Ele nos ama.
Vamos então pedir a Deus a graça de seu perdão e a ajuda necessária pra amar sempre mais e mais .
Vamos fazê-lo cantando.
Leitura – Agora, crianças, alegria geral! Deus irá nos falar e suas palavras nos revelam como Ele é amoroso com todos e, principalmente, com aqueles que sofrem violência e discriminação. Vamos ouvir bem atentos nossa leitura de hoje.
Aclamação: Jesus nos ensina o maior de todos os mandamentos.
Ele diz: Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado.
Acreditem crianças, aqueles que amam a Jesus, devem amar também a seu próximo que são todos aqueles que estão em nossa volta, pois só assim Deus os amará também.
Com alegria de quem ama o Senhor, vamos todos ficar em pé e cantar o canto da aclamação.
Ofertório –– (oferecer desenhos, de acordo, com o texto)
Hoje ouvimos o seguinte no nosso evangelho:
“Como eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”.
A vivência do mandamento do amor torna novas todas às coisas e gera vida nova em Cristo Jesus. Se somos partes do amor de Deus, temos como missão sermos um todo no amor dos irmãos.
Por isso hoje, ofertamos ao Senhor, os nossos sentidos para que cada parte do nosso corpo possa servi-lo e amá-lo.
Que com nossos olhos possamos ver as necessidades de nossos irmãos e possamos ir ao encontro deles para ajudá-los num gesto de amor e de solidariedade.
Que com nosso nariz possamos cheirar as situações de pecado e de confusão que nos envolva fora dos planos de Deus e espirrá-las pra bem longe e que possamos plantar novas amizades para que perfumem a mesa de nosso Deus
Que com nossos ouvidos possamos ser agentes somente de transformação, que possamos ouvir e ajudar nossos irmãos sofridos e carentes, que possamos ouvi-los e não nos calarmos como surdos mudos da situação em que se encontram.
Que possamos com nossa boca dizer um muito obrigado, ou “eu posso te ajudar”, “no que posso servir”, “do que você precisa”, palavras que enobrecem, palavras que aliviem sofrimentos, palavras que elevem ...que ajudem àqueles que devemos amar.
Que com nossos pés possamos caminhar ao encontro dos mais necessitados, ou até dos vizinhos que nunca fomos, ou de parentes que fingimos não reconhecer, ou da família que esquecemos. Que possamos caminhar firmes nos passos de Jesus, buscando levar a paz, o alimento que o outro precisa, a blusa que o aquecerá nesse inverno.
Que nossas mãos possam acolher, possam abraçar, possam plantar mais e mais sementes de alegrias e de amor por onde elas estiverem presentes.
Que junto ao pão e ao vinho o Senhor nos ensine o caminho pra andarmos e nos encontrarmos sempre com nossos irmãos e que possamos amá-los de corpo e alma, pois acreditamos que o maior presente que temos, Senhor, é o seu amor. Vamos cantar a música do ofertório.
Comunhão – Hoje, crianças, aprendemos a ver o quão grande deve ser nosso amor por Deus e pelos irmãos. Ele não tem dimensões de tamanho... Pode ser que ele seja deste tamanho aqui (estender os braços), deste não, que é pequeno... Ele deve ser do tamanho do mundo sem limites de espaço. Por isso, com alegria vamos celebrar esse amor cantando e participando da eucaristia.
Ação de graças – É, crianças, hoje aprendemos que só o amor pode transformar as pessoas. Mas como é difícil a gente amar aos outros, quando não aprendemos a nos amar ou quando desconhecemos o grande amor de Deus por nós, sendo que também pouco conhecemos nossos irmãos? Muitas vezes nem sei quem é o meu próximo.
Será que se eu pedisse a vocês que olhassem para o próximo, aquele que está ao seu lado, você teria coragem de dizer a ele que o ama? Falaria assim:
-“Eu te amo, meu irmão, eu te amo, minha irmã. Somos da grande família de Deus, somos irmãos, somos aqueles que acreditamos nos Cristo ressuscitado, por isso, somos os escolhidos de Deus.” ?
Por isso, crianças, vamos pedir a Nossa Senhora que foi capaz de amar acima do possível, amar sem medidas que nos ensine a sermos semelhantes a ela, que com sua intercessão sejamos tão amáveis e tão fiéis a Deus como ela o foi. Vamos todos rezar a oração da Consagração...
Oh senhora minha, ó minha mãe...
Pássaro encantado
Técnica: Objetos apresentados sobre uma mesa. Montar um cenário de floresta onde tenha uma montanha e galhos lembrando árvores. Objetos: Várias penas em uma mão representando o Cacique Pena de Águia. A cada obstáculo vai se quebrando uma pena dando a idéia de ele estava perdendo a vida. A montanha poderá ser confeccionada em papelão, a serpente em papel crepom, para a onça poderá se utilizar um tecido que lembre sua pele. O canto do pássaro deverá ser forte e bonito.
Personagens: Pena de Águia – Falcãozinho – Montanha – Onça – Serpente – Pássaro.
Esta é uma história de amor entre o Pai Cacique Pena de Águia e seu filho indiozinho Falcãozinho.
Tudo aconteceu na tribo do Cacique Pena de Águia. Lá havia harmonia, alegria... Era uma tribo de paz e prosperidade... Até que um dia, um dia escuro... Fechado... O indiozinho Pena de Falcão foi acometido de um grande mal, adoeceu e ficou extremamente doente.
O pai Pena de Águia ficou louco porque ele amava profundamente Falcãozinho! Falcãozinho era toda a sua vida. Mas, o quê fazer? Ah, Ele mandou vir especialistas do mundo inteiro, mas... Nada! Mandou vir dentistas, estudiosos, curandeiros, todo tipo de gente que pudesse de alguma forma cuidar e salvar a vida de Falcãozinho, mas nada, nada mesmo poderia salvar a vida daquele pequeno indiozinho. Pena de Águia não perdia as esperanças...Se preciso fosse daria a sua vida para salvar seu filho, tamanho era o seu amor.
Até que apareceu por aquelas bandas, um sábio que ao observar a pobre criança, disse ao seu pai que só tinha uma coisa no mundo que traria de volta a vida do seu pequeno filho.
O pai criou alma nova, mas o quê seria? Então afobado nervoso, gritava o pai.
Pai: - Mas, o quê? O quê poderá salvar a vida do meu filho, diga logo.
E era tanta a vontade daquele pai em saber o que poderia de fato salvar seu filho que não deixava o sábio falar.
Sábio: - Chega! – gritou o sábio! Guarde toda essa euforia, sua força, pois muito irá necessitar dela.
Para salvar a vida de seu filho é preciso que você vá procurar na floresta do mistério, o pássaro encantado. Somente ele com seu maravilhosos canto, poderá salvar seu filho. Mas tenha cuidado! A floresta é perigosa e misteriosa, vai ser preciso dar a vida para que seu filho possa Ter vida...
O pai compreendeu, porém não temeu. Sabia dos perigos da floresta! Colocou sua velha rede sobre os ombros, a única arma que possuía para se defender de tudo “o amor” e seguiu em frente.
A floresta parecia medonha, enorme, mas o amor do pai parecia maior, imenso, capaz de tudo suportar de lutar. Era preciso ser rápido, antes que fosse tarde demais...pois Falcãozinho estava doente, muito doente e poderia até morrer.
Pena de Águia se viu diante de uma grande muralha, uma montanha altíssima e todas as vezes que ele tentava escalar ele jogava enormes pedras sobre ele. Mas, ele não desistia e mesmo sendo atingido pelas enormes pedras, ele lutava, era a vida de seu filho e ele o amava. Até que a montanha vendo o esforço de Pena de Águia, diz a ele:
Montanha: - Pena de Águia, para poder por mim passar, um enigma deverá decifrar. O pai, Pena de Águia, levanta machucado e pergunta a montanha.
Pai: - Montanha, o que queres de mim? Fala que eu responderei.
E a montanha perguntou:
Montanha: - qual é o maior mandamento do mundo?
Pena de Águia então sorriu e disse:
Pai: - Montanha, o maior mandamento do mundo é amar a Deus de todo o seu coração, de toda a sua a alma, com toda a sua força.
E nesse instante, a montanha o respeitou e deixou que Pena de Águia pudesse passar.
Mas os perigos eram muitos. O caminho era pedregoso e árduo, o sol queimava-lhe a pele, os pés feriam e foi nesse momento que uma grande onça, medonha e esfomeada, atravessou na frente do corajoso índio que imediatamente lembrou-se do filho e mais forte que a onça , ele se tornou um leão tamanha era sua fúria, a sua vontade de vencer. E ali ele se atracou a sua com a onça e os 2 rolaram pelo chão, numa luta sangrenta e brutal. Até que a onça compreendeu que não podia com tamanha força, uma força imensa que não venha das garras, mas do coração. Então ele se afastou e o deixou caído por terra, muito ferido, Pena de Águia.
Mas, vocês acham que ele desistiu? Oh não! Ele seguiu mesmo ferido...não tinha tempo a perder...era a vida de seu filho e por isso, ele pulou por grandes precipícios, atravessou sobre as areias movediças...se embrenhou mo meio do mato, não tinha obstáculo que o prendesse...Até que de repente, se deparou com um ninho de serpentes venenosíssimas que com certeza, o mataria.
O cacique bem que pensou num jeito de passar. Quem sabe se pudesse pular por um cipó? Sei lá, pra poder passar, mas estava fraco, sem forças. Então, ele se vira para as serpentes e pede:
Pai: - Ó serpente que é mãe... Que é pai e entende o amor que temos por um filho me deixe passar, pois meu filho eu quero salvar.
A serpente, então, propõe a Pena de Águia que decifre outro enigma.
Pai: - Diga logo, pois já não tenho mais nem força pra falar... Pra responder...
Então a serpente lhe perguntou:
Serpente: - Ó bravo guerreiro, qual é a maior prova de amor que um homem pode dar?
Pai: - Oh, serpente! A maior prova de amor é dar a vida por quem se ama. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a sua vida.
A serpente concordou, respeitou, entendeu e abriu caminho àquele velho índio, todo machucado, maltratado pelo caminho, mas de uma coragem e sabedoria sem tamanho.
E... Quase morto, desfalecido...Eis que no alto do grande Jequitibá no fundo da floresta, ele ouve o canto triste do pássaro encantado e reunindo as últimas forças, grita ao pássaro:
Pai: - Oh pássaro... Dei a vida para lhe encontrar, por favor, pássaro... Salve a vida daquele a quem tanto amo, vai cantar pra vida do meu filho salvar...
E o pássaro lhe diz:
Pássaro: - Homem... Antes que eu faça isso é preciso o último enigma responder.
E o cacique já quase morto pede a ele que fale:
Pássaro: - Diga-me, homem, o quê o grande Pai nos ordena que façamos aqui na Terra?
E quase como num último suspiro, ele respondeu:
Pai: - O Pai nos pede para que amemos uns aos outros, como Ele nos tem amado.
Então, naquele momento, foi como se um milagre acontecesse.
O grande pássaro encantado abriu bem suas asas e voou por sobre a floresta à procura da tribo do Cacique Pena de Águia...e, quando ele chega a tribo, ele canta, canta...canta tão alto que encheu todos os espaços da floresta com seu canto de vida.
O cacique lá do outro lado, bem longe de sua tribo e de seu filho pôde ouvir o canto da vida. E, naquele momento ele viu que todo aquele seu sacrifício de amor e vida valera a pena, pois com certeza o seu amor havia salvado a vida de seu filho.
Então, num suspiro final, todo feito de amor, nosso Cacique Pena de Águia morreu, mas a morte não é o fim de quem ama, pois quem dá a sua vida por amor, jamais irá perdê-la, pois permanecerá em Deus para sempre.
É gente, Deus nos ama assim. Ele nos deu Jesus seu puro amor e Jesus se deu por nós, para que aprendêssemos com Ele que também devemos amar uns aos outros, como Ele nos ama.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
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Um comentário:
Olá Ritinha!
Temos missas e celebrações c/ as crianças e sempre estamos precisando de idéias para que elas participem com mais ânimo.Gostei muito do seu blog, estamos aproveitando p/ usar em nossa paróquia. Seria muito bom que os catequistas compartilhassem suas idéias que ajudam tanto a todos. Que Deus possa sempre. Que Deus continue te iluminando. A paz de Cristo.
Edna - Paróquia Santa Luzia São Carlos-SP
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