2º Encontro: ESPAÇOS DE EDUCAÇÀO PARA A PAZ
Ambientação: Palavras-chave utilizadas no encontro anterior, objetos que lembrem a escola, igreja, casa...
Material necessário: Mural da Paz, Bíblia, folhas de ofício para cada catequizando participante, canetas coloridas ou pincel atômico, giz de cera e aparelho de som.
Oração inicial:
O catequista motiva o grupo a lembrar pessoas que trabalham pela paz, que geram luz para a sociedade. À medida que os participantes falam, acendem as velas no centro do grupo.
Começando a conversa: A partir do poema de Cecília Meireles, vamos propor um novo olhar a respeito do tema abordado. Se o que nos apresentam hoje é a discussão da violência, façamos um exercício de olhar de outro ângulo, nos rumos da construção de uma cultura de paz, a partir do processo educativo que se dá dentro do espaço escolar, na igreja em casa.
(Entregar a cada catequizando uma cópia do poema de Cecília Meireles)
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Dinâmica
Iluminados pela poesia, cada pessoa do grupo receberá uma folha de ofício com o desenho de uma janela. Também pode ser entregue uma folha branca, motivar cada um a desenhar a sua janela.
Dentro dessa janela os catequizandos expressarão por palavras ou desenhos o que vêem de ações de violência e o que percebem como forma de construção da cultura de paz nas relações estabelecidas nos diferentes ambientes (escola, igreja, família...) .
Os catequizandos são convidados a colocar sua janela em um lugar de destaque, como gesto de entrega desse olhar lançado para a realidade.
Motivar a partilha sobre os desenhos feitos.
Canto: A paz, Gilberto Gil.
Iluminados pela Palavra de Deus
Jesus no seu compromisso com a paz, apresenta novos valores para nortear as relações sociais. Ele ilumina uma postura de vida pautada na fraternidade e na justiça.
Um catequizando (a) lê pausadamente o texto de Mateus 5, 3-12.
Após a leitura e tempo para meditação pessoal, o catequista, motiva o grupo a conversar:
• Que missão nós, cristãos e cristãs, temos que assumir na construção do Reino?
• Como as Bem-aventuranças podem ser vividas concretamente no nosso dia-a-dia? E como elas contribuem para a construção da cultura da paz?
Tempo para conversar.
Mural da Paz.
Retomando as janelas pessoais e a partilha feita, o grupo produzirá um cartaz com palavras que remetem às ações de busca pela paz. A idéia é sintetizar palavras-chave para a construção da Cultura da Paz.
Diante do cartaz, levantar as questões:
• O que podemos fazer para levantar a bandeira da paz nos espaços em que participamos, escola, igreja...?
• A partir desse diálogo, em que nos propomos a repensar nossas ações para a construção da Cultura da Paz nos diversos espaços que frequentamos?
Colar no mural as janelas desenhadas, completando os recortes feitos no encontro anterior.
Pedir que os catequizandos tragam fotos da família para o próximo encontro.
Oração final
Canto que ajude na interiorização, à escolha do grupo.
O catequista motiva o grupo a rezar pelas iniciativas em favor da paz e da justiça.
Rezar o Salmo 85 (84)
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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