quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Missa Completa para crianças: O Paralítico.

Acolhida – Boa noite queridas crianças. Boa noite a todos aqui presentes. Sejam todos muito bem-vindos a esta celebração.

Hoje crianças, vamos ler duas palavras que Jesus tem nos falado nesses últimos domingos. São aquelas lá. Leiam: (escreva em uma cartolina e deixe em um lugar de destaque).

EFICIENTE e DEFICIENTE...

Vamos ver quem sabe o que elas significam?... (Em uma cartolina desenhar um garotinho que de para tirar as perninhas, os bracinhos e o olho.)

Nós somos eficiente?

Vamos ver... Como conseguimos andar até aqui?

Podemos-nos mover sozinho. Pula, dança, mostra quem está de vermelho na igreja.

Mas e se tirarmos essa perninha? (demonstrar)

Agora anda. Ficou difícil, né?

E se for os bracinhos? Como é que ele poderia abraçar alguém?

E se fosse a visão? Se ele não a tivesse?

Então você não seria eficiente mais, seria deficiente... Não poderia sozinho fazer tudo...

Precisaria de alguém o ajudar...

Mas vocês acreditam que existem pessoas, que mesmo com todos os quesitos para serem eficientes, se fazem deficientes?

Têm bracinhos, mas não sabem abraçar... Tem braços e mãos fortes, mas não sabem amparar quem está precisando delas...

Têm perninhas perfeitas, mas não vão ao encontro de quem precisa delas...

Não sabem falar palavras de carinho... De perdão... É... São deficientes do coração...

Por isso, hoje Jesus vem nos mostrar com a cura de um deficiente, um paralítico que foi levado a ele, que nós também precisamos ser assim, podemos levar aos outros a cura, através de nossa eficiência.
Podemos perdoar nossos irmãos do mal que eles praticam e podemos também ajudar na deficiência de outros.

É somente com o coração eficiente que mudamos a nossa ineficiência com nossos irmãos.

Em pé com alegria vamos todos cantar para nossa missa iniciar

Ato penitencial – Olhem só, crianças , já que estamos falando em eficiência e deficiência, vamos entender o que pode ser eficiente para nossa vida e de nossos irmãos e o que pode ser deficiência para nós, Deus e eles também?
Aqui eu tenho várias palavras soltas no chão. Preciso de duas crianças para separá-las entre sentimentos que são eficientes dos que não são, ou seja, os deficientes, quem se habilita?

Podem começar:

Coloque no quadro o que é eficiente pra nossa vida e o que nos faz deficientes para Deus e os irmãos onde se encontra a faixa.

(depois das palavras pregadas no quadro, leia-as na ordem em que se encontram).

Egoísmo é deficiente porque é pecado

Amor é eficiente porque são sentimentos que devemos ter... (assim por diante com as outras palavras_ rancor, inveja, caridade, fraternidade, bondade, mentiras, brigas, violência).

Então, crianças, vamos nos livrar da deficiência? Ou vocês querem continuar deficientes?

Muito bem, queremos ser eficientes diante de Deus e de todos. Então vamos pedir perdão a Deus por todas as vezes que nos deixamos contaminar pelo pecado, causando assim nossa deficiência. Vamos fazer esse pedido, cantando.

Hino de gloria – louvando e cantando, vamos nos encontrando com Deus nessa caminhada de vida nova . Vamos todos cantar com alegria

Leitura – Agora bem sentadinhos e bem caladinhos também, vamos ouvir nossa leitura de hoje. Nela somos convidados a viver uma nova vida, baseada na misericórdia e no perdão.

Aclamação – No evangelho de hoje, Jesus, por ser o filho de Deus, mostra o seu poder de curar o homem que sofre e de perdoar-lhes seus pecados. Mas antes de ouvi-lo, vamos todos cantar o canto de aclamação.

Ofertório – (Placas com os dizeres em negrito a serem oferecidos pelas crianças)

Aprendemos no evangelho que para que haja a cura, é preciso que também se haja coragem...

Hoje queremos oferecer ao nosso Deus os sentimentos que muniram o paralítico para que ele pudesse ser curado pela ação do amor de Jesus.

Queremos oferecer a insistência, porque sem ela ele jamais seria curado.

Queríamos oferecer a fé, porque ninguém se cura de uma deficiência se não tiver fé.

Queremos oferecer os amigos que temos, pois graças a eles podemos encontrar o caminho da cura, da alegria e da salvação muitas vezes.

Queremos oferecer a coragem de enfrentar nossas deficiências e querer tornar eficiente na busca a Deus
Queríamos oferecer o perdão que foi concedido ao paralítico e que devemos também conceder aos nossos irmãos para que em nós também se realize o perdão

Queremos oferecer o amor... Aquele mesmo amor eficiente que curou o paralítico, que veio do filho de Deus a encontro daquele que nele acreditava.

E por fim, junto ao pão e ao vinho, oferecemos a persistência... Que sejamos assim, persistentes na conquista de nossa eficiência diante de Deus e dos homens. Tudo isso oferecemos ao nosso Deus e o nosso canto também.

Comunhão – Também queremos ser curados, meu Jesus, pelo amor que sai de suas mãos.. Também queremos ser perdoados, meu Jesus, pelas palavras de vida nova que brotam de seu coração. Por isso estamos aqui para nos alimentarmos de seu amor e vamos fazê-lo com muita alegria indo ao seu encontro, cantando:

Ação de graças – Hoje, nós iremos agradecer ao nosso Pai do Céu pelo seu grande amor que nos cura e nos liberta do pecado. Em silêncio, vamos agradecer pela nossa família, pela nossa saúde, pelos amigos, pedirmos também por todos aqueles que precisam de sua cura , que o Senhor seja sempre eficiente em suas ações curando nossas ineficiências . Amém.

SÓ UM CORAÇÃO SEM AMOR É DEFICIENTE.

Era uma vez...

Num lugar bem longe... Em um povoado onde as pessoas só acostumaram dar valor a quem sabia fazer algo diferente...

Sabia dançar? Era chique!!!

Sabia cantar? Que beleza!

Sabia fazer contas? Que "sabe-tudo”!

Sabia desenhar? Que espetáculo!

E então todas as pessoas se preocupavam em saber algo diferente, pois quem nada sabia, quem não tinha esse algo a mais... Era logo afastado de todos, excluídos, se tornavam deficientes... Pois estava vazio de talentos e isso era muito perigoso... Podia ser contagioso...

E muito que estavam nesse espaço de exclusão em certa época de suas vidas havia realizado grandes feitos, mas havia se esquecido... Sua riqueza havia sumido de repente... Isso era muito mais triste...Ficavam lá... Separadas... Isoladas... Ninguém nem falava nelas... Era uma situação bem... Triste...
Mas, naquele lugar vivia a Olívia, que fazia algo muito especial, que todos admiravam... Contava histórias... E isso desde pequenina... Quando foi abandonada naquele lugar... E por causa disso, todos a acolheram e nem ligavam para seu pezinho torto, pois ela sabia fazer algo que ninguém mais fazia por lá... Eram histórias de peixes... De árvores... Histórias de bichos grandes e de bichinhos bem pequeninos... De estrelas de mar... De céu... Histórias que encantavam a todos... E muitos saíam de longe para a ouvir... Ela era um presente para todos... Ela fazia o que sabia... De onde será que vinham todas aquelas invencionices da Olívia? Todos se perguntavam... E ela dizia:

- Eu só sei que sei...

Mas, já havia algum tempo acontecia uma coisa estranha com a Olívia...Ela estava sentindo umas zonzeiras... Umas coisas esquisitas... E quando, no auge da historinha, na maior ação, dava um "branco" e ela dizia... Do quê é mesmo que eu estava falando?

Aquilo a deixava apavorada... O quê estava acontecendo? Ela agora sabia que não sabia!

E foi assim até que todos descobriram que Olívia não sabia que sabia, não tinha mais aquele talento de encantar a todos... Sua caixinha de histórias estava vazia... Não havia nada mais por lá...

E como acontecia a quem não tinha mais sua riqueza, ela estava fora... Foi chamada de "deficiente"... Podia até contagiar os outros.... Cruzes!! Isso não!! Ficar uma comunidade pobre? Nunca!!! Que ela vá para o vale dos esquecidos!! Junto aos que nada sabiam... Os vazios... Os tristes...

Oh!! Que triste fim para Olívia que era tão rica!!

Mas, foi quando apareceu lá pelo vale dos esquecidos o "Azulzinho" que tudo começou a mudar...

Ele chegou perto das pessoas que estavam tristes, esvaziadas e começou a falar que mesmo sabendo que elas nada podiam lhe dar em troca, ele queria lhes dar uma grande coisa... Contava a eles e à Olívia, que não estavam vazios como os outros diziam... Que a riqueza estava dentro deles ainda... Porque era Deus mesmo quem a havia dado... Eram seus talentos... Seus dons...Seu jeito próprio de ser, que por medo se trancaram, mas não foram embora... Era só entender novamente que tudo vinha Dele... E era por Ele que tudo acontecia... Era só entender que se sabia por causa de Deus e tudo se revelaria novamente... Sua missão era colocar ainda mais amor em tudo que faziam...

E naquele momento, um que havia ficado sem voz, começou a louvar a Deus cantando... A bailarina que havia entortado o pezinho aproveitou a música e saiu dançando... O Pateta pegou seus pincéis e numa fúria saiu a pintar amor por todos os lados... E... Olívia... Buscou seu livro de histórias e abrindo-o devagarzinho foi vendo todas as coisas voltarem para dentro dele... Estava cheio de idéias e ela também saiu correndo para contar a todos que para não se perder é preciso encontrar Deus na sua "riqueza”...

Que deficiente é aquele que não sabe dar do que Deus lhe deu aos outros...

Assim, o rei dos deficientes se tornou o reino das eficiências, onde todos podiam fazer algo de bom para si e para os que lhe rodeavam.

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