sexta-feira, 31 de julho de 2009

Teatro: CONVERSANDO COM O JOCA: O PÃO DA VIDA

Texto teatral – 2/8/09 – XVIII do Tempo Comum
Ano B – João 6, 24-35

de Emílio Carlos

NARRADOR – Oi pessoal! Tudo bem com vocês? Hoje eu queria conversar com o Joca. Alguém viu o Joca por aí? Tem certeza? Onde será que o Joca está, hein?

JOCA – (entra) Oi, oi, oi, oi, oi, oi!

NARRADOR – Oi, Joca!

JOCA – Oi pessoal! De novo: oi pessoal!

NARRADOR – Oi, Joca.

JOCA – Tudo bem ou tudo mal?

NARRADOR – Tudo bem.

JOCA – Oi Narrador! (substituir pelo nome do narrador ou narradora).

NARRADOR – Oi, Joca. Eu estava procurando você.

JOCA – Eu estou aqui. Você me achou.

NARRADOR – Que legal, Joca.

JOCA – Então agora tchau. Eu já estou indo.

NARRADOR – Não, Joca: espere. Que pressa é essa?

JOCA – Ah: eu vou correndo contar pra minha avó tudo que eu ouvi no Evangelho de hoje, narrador.

NARRADOR – Como é que é, Joca?

JOCA – Eu preciso contar pra minha avó a novidade do Evangelho de hoje. Tchau.

NARRADOR – Mas Joca: é feio sair da Missa antes de terminar, sabia?

JOCA – É feio, narrador?

NARRADOR – Claro. A Missa não terminou ainda. Tem que ficar até o fim. Até a benção final.

JOCA – É, tem razão. Eu tinha me esquecido.

NARRADOR – Aí depois você corre pra casa contar a novidade do Evangelho pra todo mundo.

JOCA – Ah, eu vou contar, viu narrador? Vou contar pra todo mundo!

NARRADOR – Que beleza, Joca! Vamos anunciar o Evangelho!

JOCA – Narrador: eu vou falar do Evangelho de hoje pra minha avó, pras minhas tias, pros meus primos, pras minhas primas...

NARRADOR – Que bom, Joca!

JOCA – Olha: o Evangelho de hoje foi mil, viu?

NARRADOR – Ah, Joca: eu gosto do Evangelho de todos os domingos.

JOCA – Ah, mas hoje foi mil, narrador. Imagine só: quem acreditar em Jesus não vai mais ter fome e nem sede.

NARRADOR – É, Joca. Jesus disse isso mesmo.

JOCA – Eu acredito em Jesus. Então... não preciso mais comer nem beber nada. Espere só até minha mãe me mandar comer alface de novo. Ou então cenoura.

NARRADOR – Ô, Joca...

JOCA – Sabe quando comer jiló mais uma vez? Nem pensar.

NARRADOR – Ô, Joca...

JOCA – Ré: tô livre disso tudo.

NARRADOR – Joca... não é bem assim, viu?

JOCA – Como assim "não é bem assim"?

NARRADOR – Não foi isso que Jesus quis dizer.

JOCA – Claro que foi. Ele disse: não precisa mais comer verdinho nem tomar remédio. Foi sim.

NARRADOR – Não foi não.

JOCA – Foi sim.

NARRADOR – Vamos tirar a dúvida?

JOCA – Vamos.

NARRADOR – Vamos olhar na Bíblia, certo? (pega a Bíblia)

JOCA – Pode olhar que está escrito aí: Jesus disse que a gente pode comer só doce se quiser.

NARRADOR – Joca! Não inventa mais ainda!

JOCA – Foi o que eu entendi, ué?

NARRADOR – Jesus disse assim: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede".

JOCA – Então: foi o que eu falei.

NARRADOR – Não foi não. Jesus está falando outra coisa aqui, Joca.

JOCA – Ah, é? Então o que é que Jesus estão falando?

NARRADOR – Preste bem atenção, Joca. E vocês também, crianças. Cada um de nós tem um corpo, certo?

JOCA – Certo. Eu tenho um corpo.

NARRADOR – Nosso corpo está bem aqui. Todo mundo pode ver.

JOCA – (se olhando) É: eu posso ver o meu corpo.

NARRADOR – E nós podemos pegar nosso corpo também.

JOCA – Isso mesmo! Eu posso pegar o meu braço.

NARRADOR – Todo mundo aí pegando o seu braço.

JOCA – Êba! Eu posso pegar a minha cabeça também!

NARRADOR – Todo mundo aí pegando a sua cabeça.

JOCA – Êêêê! Eu também posso pegar a minha barriga!

NARRADOR – Todo mundo pegando a barriga.

JOCA – (ri) Faz cosquinha...

NARRADOR – Tá bom. Larga a barriga aí, pessoal.

JOCA – Já larguei. Ei, menininho: solta sua barriga aí, rapaz.

NARRADOR – Esse é o nosso corpo material – aquilo que a gente pode ver e pegar. E qual é o alimento do nosso corpo? O que a gente precisa comer pra alimentar o nosso corpo?

JOCA – Ah, eu preciso de macarrão, sanduíche, suco, docinho...

NARRADOR – Tá bom, Joca. Pra alimentar nosso corpo nós precisamos de...
do que, gente?

JOCA – Comida!

NARRADOR – É isso mesmo! Comida! Pra alimentar nosso corpo nós precisamos de comida.

JOCA – Uh, delícia! Nham!

NARRADOR – Mas nós não somos só esse corpo não, sabiam?

JOCA – Não?

NARRADOR – Não, Joca. Nós temos o corpo e a alma.

JOCA – Alma? Cadê ela? Cadê a alma? Eu não tô vendo.

NARRADOR – Ah, Joca: a alma não dá pra ver, sabia?

JOCA – Não, não sabia.

NARRADOR – A alma está aqui, em nós. Quem nos deu a alma foi Deus.

JOCA – Ah, entendi: então nós temos um corpo e uma alma.

NARRADOR – Exatamente, Joca. O corpo faz parte da Terra, deste mundo. O corpo só serve para este mundo. Quando a gente morre o corpo fica aqui, no mundo. E a nossa alma é que vai para Deus.

JOCA – Olha, que legal!

NARRADOR – É, Joca. E você sabia que a alma também precisa se alimentar?

JOCA – Sério, narrador?

NARRADOR – É, sério. E o alimento da nossa alma é Jesus. Se lembra do que Jesus disse: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede"

JOCA – Olha! Jesus é o alimento da nossa alma!

NARRADOR – É, Joca! Jesus é tudo que nossa alma precisa pra crescer e ficar forte, bonita, limpa perto de Deus.

JOCA – Agora eu entendi tudo! O nosso corpo precisa de comida e a nossa alma precisa de... Jesus!

NARRADOR – Exatamente, Joca! Precisamos sempre ouvir o que Jesus nos ensina. Porque Jesus é a luz da nossa vida e da nossa alma!

JOCA – Legal! Eu vou contar isso pra minha avó, viu?

NARRADOR – Mas agora, Joca?

JOCA – Não, né narrador? Só depois que a Missa terminar. É claro!

NARRADOR – Ah, bom.

JOCA – Então, olha: tchau pra vocês que o padre já vem vindo aí.

NARRADOR – Tchau pra vocês!

JOCA – Tchau!

NARRADOR – Tchau!

JOCA – Tchau!

(Joca sai de cena).

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