terça-feira, 23 de setembro de 2008

Missa completa para criança: Palavra e ação.

(Duas crianças para interpretarem a acolhida, ou duas bonecas, ou desenhos das meninas. Pode-se não usar nada se souber conversar com as crianças sem usar de leituras
Acolhida - Boa noite queridas crianças. Boa noite a todos aqui presentes. É uma alegria muito grande recebê-los todos aqui.

Vejam só lá no retro?! Que surpresa! Não são duas meninas assim como a maioria de vocês?

Essa aqui é a Joaninha e essa a Margaridinha. Duas lindas meninas. Uma sempre compromissada com tudo que faz e outra meio revoltada com tudo que faz.

Outro dia, Dona Vitória, professora das meninas, pediu que fizessem um trabalho sobre a fauna brasileira.

A Joaninha muito boazinha, de uma prestatividade de dar inveja, mais do que depressa disse que faria tudinho e colocaria gravuras pra ilustrar, traria insetos de todos os tipos para mostrar e faria isso, e aquilo e aquilo outro.

Já a Margaridinha, muito preguiçosa, disse a Dona Vitória que não faria o trabalho. Que não tinha tempo, que tinha computador para pesquisar, mas não tinha impressora e também a tinta dela já tinha acabado que a biblioteca ficava longe, que não tinha folha, e aquilo outro e outro aquilo.

Bom, no dia de entregar o trabalho vejam só o que aconteceu?! A Joaninha , aquela que disse que faria o trabalho não fez e a Margaridinha que disse que não faria, fez .

Eis ai a grande questão, crianças, pra gente conversar.

__ Quem agiu errado nessa tarefa? A Joaninha que disse que faria e não fez, ou a Margaridinha que disse que não faria e fez?(deixar que falem)

É, crianças, hoje o evangelho irá nos contar essa mesma história. Bom seria se todos dissessem sim a Deus e pudessem, de fato, seguir o que Ele nos ensinou sendo exemplo de todas as coisas boas que Ele fez.

Deus também nos pede que sejamos autênticos. Que nosso não possa ser pensado e repensado antes de dizê-lo e que nosso sim, seja de coração. Com alegria, todos em pé, vamos cantar pra iniciar nossa celebração.

Ato penitencial – ( Duas placas grande com as palavras Sim e Não e cenas no retro se acharem necessário )

Agora é o momento de pedirmos perdão ao nosso Deus. Mas quais pecados serão esses que cometemos pra termos que pedir perdão a Ele quase todo dia? Será que pecar é mais fácil do que não errar?Mas isso não é desculpa para gente não continuar pedindo... o que não falta é pecado para gente cometer, não é mesmo ?

Vou pedir ajuda de duas crianças, as quais receberão essas duas placas (sim e não) e nos mostrarão aonde é que as crianças erram mais, está bem?! Ah, a cada SIM, ou NÂO que elas marcarem, nós iremos pedir perdão pelos nossos atos errados. Vamos lá?

Crianças, vocês erguerão as placas se acharem que é sim ou não.

Vamos seguir as cenas lá no retro.

Vocês nem imaginam! Têm crianças, não são vocês não, os da vizinha, lá da escola, que desobedecem aos pais, respondem os mais velhos e brigam com os irmãos. Isso é certo ou errado? A gente tem que pedir perdão por esse ato ou não? Sim ou não?

Outra situação: tem gente ajudando aos outros, alimentando os que têm fome, atendendo às necessidades daqueles que estão passando por dificuldades, partilhando com bondade o que tem. É pecado ou não?

Temos que pedir perdão por esse ato ou não?

E se fizermos o contrário? Não ajudando os outros, não sendo solidários para com aqueles necessitam de ajuda, muitas vezes negamos pão, negamos um copo de água a nosso irmão que nos pede. Estamos agindo certo ou errado? Pedimos perdão, ou não ao senhor?

Vejamos outra cena. Olhem só o que está acontecendo. Será que tem crianças que fofocam? Será que tem crianças que inventam situações? Será que tem crianças egoístas que não sabem repartir nada? Sim, ou não?

Elas devem pedir perdão, ou não?

Agora é a ultima cena: estão vendo aqueles meninos ali? Notem como estão excluindo aquele que está lá fora do campo porque ele é pobre, não estuda, não tem família? E tem aquele outro ali que eles até correm dele, pois tem uma deficiência, Será que estão agindo certo quando excluem outras pessoas?Sim ou não?

Devemos ou não pedir perdão pela nossa exclusão?

É... Crianças, quantas vezes somos tão convincentes em nossos atos errados que ainda arrumamos cúmplices quando os pais dizem:

___ Meu filho pode fazer muita coisa, mas mentir não mente, errar não erra, falar o que não é.. Não fala.
Quem erra mais?

Portanto, temos muito que pedir perdão!
Pedir perdão pelos nossos atos de crianças...
Pedir perdão pelos nossos atos de pais...
Pedir perdão pelas vezes que sabemos que é Não e falamos que é Sim. Pelas vezes que devíamos falar Sim e praticamos o Não.
Vamos todos então cantar pedindo perdão a Deus, com bastante fé.

Leitura – Chegou o momento de ouvirmos nossa leitura de hoje. Com alegria vamos receber o livro sagrado, aquele que nos ensina a amar, a perdoar, a sentir-nos cada vez mais próximos do desejo de nosso Pai Maior. Vamos recebê-la com alegria cantando.

Agora, diante da palavra do Senhor, façamos silêncio e ouçamos a mensagem de vida nova que ela tem a nos falar.

Aclamação ao evangelho – Agora ouviremos o que Jesus tem a nos contar. Ele nos fala da atitude de dois filhos que ouvindo um pedido do pai, apresenta uma forma diferente de responder o que lhe foi pedido. Mas antes vamos todos ficar em pé e cantar com alegria o canto de aclamação.

Ofertório – (Providenciar várias plaquinhas pequenas, contendo a Sim de um lado e Não do outro. Distribuir na entrada da missa e pedir que guardem até o momento que a comentarista pedir )

Hoje nós faremos fazer um ofertório bem diferente, vocês receberam no inicio da missa umas plaquinhas escritas SIM ou NÃO, não foi mesmo?

Pois, agora, nós iremos utilizá-las. A cada proposta de oferta que eu disser vocês irão levantar a plaquinha dizendo que Sim ou Não oferecendo ao Senhor. Entenderam? É assim: se eu disser que devemos oferecer nossas mentiras a Deus vocês irão dizer Sim ou Não... E se eu disser que quero oferecer nossas boas ações, vocês também deverão responder levantando as placas, mostrando sim ou não, ok?

Então vamos lá:

Vamos oferecer o Deus só nossas falsidades e só fofocas. Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus nossas alegrias e nossos momentos felizes... Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus nosso trabalho junto aos mais necessitados, os doentes e os tristes... Sim ou não?

Vamos oferecer o Deus só nossos problemas e viver nossos momentos felizes sem Ele... Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus nossas orações, nosso gestos de caridade e nossa solidariedade... Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus só ofensas e maltratos realizados contra nossos irmãos... Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus nossa dedicação, nosso desejo de aprender mais sobre seus ensinamentos... Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus nosso Sim sincero e nosso coração repleto da presença do nosso amor por Ele... Sim ou não?

Vamos oferecer a Deus sempre não, não e não... Sim ou não?

Então crianças, junto ao pão e ao vinho, vamos também pedir a Deus que nos ajude a sermos firmes com nosso Sim e, se nosso Não nos fizer arrepender, que possamos ter a coragem de mudar de atitude. Com alegria vamos todos cantar com alegria nosso canto de ofertório.

Comunhão – Sabem crianças, devemos compreender bem os propósitos de Deus para conosco. Um Deus que nos ama e nos ensina o caminho certo, um Deus que confia em nós e nos estende sua mão para que possamos estar juntos sempre. É esse mesmo pai amoroso que nos convida a sentar em sua mesa e nos servir de seu amor. Vamos então com alegria ao seu encontro cantando.

Ação de graças – (Escrever a oração, ou pedir que as crianças repitam com a comentarista)

Queridas crianças é momento de todas nós agradecermos a Deus por tudo que Ele representa em nossa vida:

- Pelo pai que ele é
- Pelo perdão que ele nos concede
- Pelo desejo de nos ver sempre acertar
- Pelo sim que Ele sempre nos dá e sempre cumpre com o que promete
- Pela certeza que Ele caminha sempre conosco.

Vamos todos, então, fazer uma pequena oração ao nosso Pai do Céu agradecendo e também pedindo por todos nós. Vamos acompanhá-la no retro.

Pai do Céu
Hoje, todas nós, queremos te agradecer.
Pelo poder de seu perdão e pela imensidão de seu amor
Por acreditar no nosso poder de conversão...
Em nosso amor de filhos.
Por nos tornar santos, à medida,
Que nos faz compreender
Seu papel de pai amoroso. Que sempre nos diz Sim,
Acolhendo-nos em seu terno coração.
Torna-nos, Senhor, seus discípulos mais fiéis.
Faça-nos merecedores sempre de sua confiança
Que nosso Sim seja sempre verdadeiro
E ajude-nos a dizer Não quando necessário. Amém.

História do evangelho.
A sabedoria da Fada Mestra

Dramatização, ou desenhos em lâminas
Personagens – Mestra das fadas, três fadinhas

Esta história aconteceu lá no reino das fadas. A Mestra das fadas estava se sentindo muito velha e queria muito saber em que fada confiar para substitui-la, quando chegasse à hora.

Então simulou que estava muito doente e que precisava muito de um chá de ervas silvestres que só existia lá do outro lado na floresta sombria.

As fadinhas ficaram apreensivas com a doença da Mestra, pois a tinham como uma mãe. Era ela que tinha ensinado tudo que elas sabiam sobre magia.

A Mestra tinha predileção por duas fadinhas muito graciosas e achava que uma delas seria a sua sucessora era: a fada Azul e a Fada Vermelhinha. Elas sabiam tudo sobre as técnicas mais rigorosas da magia, pois a Mestra não escondia nada delas. Então pensou em chamar a Fada Azul, por ser mais educada, mais simpática, para buscar as ervas lá na floresta. De certo, pensava ela , jamais se negaria , seria a escolhida, a melhor.

A pequena aprendiz de fada foi depressa chamar a fadinha.

Quando ela chegou, a Mestra falou:

__ Fada Azul, como você sabe estou muito doente e como preciso das ervas para me curar. Só que não posso fazer magia para buscá-las e também não posso permitir que sejam feitas, pois senão elas perdem seu valor medicinal. Por isso, estou pedindo para que você busque as ervas para mim.

E a fadinha, toda carinhosa, respondeu a Mestra:

____ Pode deixar comigo, Mestrinha. Chamou a Fadinha certa. Vou num pé e volto noutro. A senhora só quer as ervas? Não quer que eu mesma prepare o chá? Ou traga algumas torradas para acompanhar?

___ Não, querida! Muito obrigada, pela sua gentileza. Mas só quero as ervas!

___ Estou indo o mais rápido possível. Pode confiar! Não vai nem dar tempo de fechar seus olhos.

E falando assim saiu disparada pela porta.

A Mestra ficou satisfeita com a fadinha que ao sair de lá, de perto da Mestra, esqueceu a promessa que tinha feita a ela e não foi buscar as ervas.

Logo que a Mestra ficou sabendo que a Fadinha Azul que disse que iria, mas não foi... Ficou decepcionada.

Desapontada mesmo. Esperava tanto daquela fada. Chegou a pensar que ela será a sua substituta, mas agora não... Representava mais nada para ela.

Mandou chamar então a Fada Vermelha, que era um poço de preguiça. Levou tempo para ela chegar e, quando chegou o mau humor estava em alta.

_Como vai, Fada Vermelha! Senti sua falta, não veio me visitar.

E ela respondeu:

_ Ninguém me disse que era pra eu vir!

_Tudo bem, eu te entendo. Só que eu preciso de um favorzinho seu!

_Ah... Agora eu sei por que não tinha vindo aqui antes. Sabia que não tinha me chamado aqui à toa.

_Deixe de ser mal-criada, fadinha!

_ Mas foi a senhora mesma quem me criou!

_Deixa pra ela. Eu queria que você fosse buscar as ervas lá na floresta para mim, para curar meu mal!

_O quê? Enlouqueceu!Lá naquela floresta escura? Mas de jeito nenhum, de maneira alguma, não tem magia que me faça ir lá. Pode esquecer, pediu para pessoa errada. Eu não vou de jeito nenhum!
Esquece.

Falando assim ela saiu sem se despedir.

A Mestra quase morreu mesmo, mas não foi por falta das ervas, foi de tristeza, por ver que não poderia entregar o Reino das Fadas àquelas que ela achava que estavam mais preparadas.

Passou um tempinho e a Fada Vermelha entrou com as ervas na mão e entregou-as à Mestra.

Mestra __ Mas... Mas... Você disse que não iria buscá-las? Fez-me sofrer tanto pela sua atitude e agora aparece com as ervas aqui? Por que fez isso?

Fada Vermelha_ Eh... É... Que você já sabe.. Eu sou assim.. Falei que não ia, mas me arrependi e fui. Estão ai as ervas. Espero que elas te ajudem a melhorar

Falando assim deixou a Mestra com sua pequena aprendiz e saiu. Então, com as ervas na mão, ela virou-se para a aprendiz de fada e perguntou?

_Qual das duas fadas agiu melhor nesta história?

A pequena ficou toda corada de vergonha, mas disse:

_Sabe Mestra.. A meu ver todas duas agiram erradas. Foram ingratas... Uma porque disse sim e não foi e, a outra, porque fez à senhora sofrer com seu Não e depois arrependida foi buscar as ervas. Quero dizer que se a senhora tivesse mesmo doente e precisando das ervas, quase teria morrido por negligência delas. Mas pensando por outro lado a falda vermelha agiu melhor do que a azul. Graças a ela a erva chegou e se o senhor tivesse mesmo doente teria sido a vermelha que a salvaria.

___ Muito bem! Parabéns pequena aprendiz. Só uma delas merece ser a minha substituta.

___ É mesmo, Mestra? Mas quem será?

___Pela atitude de ter trazido até mim o que necessitei foi à fada Vermelha, vou treinar para ser a grande Mestra um dia. Chame-a para mim, querida aprendiz.

E assim aconteceu. Quando a Mestra se aposentou, chamou a Fada vermelha deu-lhe bons conselhos e a proclamou a rainha das Fadas, pela atitude de mudança... de conversão operado pelo seu coração

E a outra fadinha? Não ficou com raiva?

Claro, né.. Quem é que gosta de perder, ela até souber dizer a coisa certa, mas no momento de fazer ela não soube cumprir com suas palavras. Por isso, devemos ser sempre fieis a quem amamos e dispostos a servir fazendo muitas vezes do nosso não uma ação do nosso sim.

Nenhum comentário: