terça-feira, 7 de outubro de 2008

Teatro: Nossa Senhora da Conceição Aparecida

NARRADOR – Estamos em outubro de 1717. O Conde de Assumar, que era governador de Minas e São Paulo, tinha vindo visitar a cidade de Guaratinguetá. Os vereadores iam lhe oferecer um banquete. E então chamaram os pescadores João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso.

(Entra o Vereador. Logo depois os três pescadores)

VEREADOR – Quero que vocês vão até o rio Paraíba e pesquem os melhores peixes para o banquete do governador.

NARRADOR – Os pescadores se entreolharam. Depois um deles disse:

JOÃO – Perdão, Excelência: mas estamos numa época muito ruim para pescar.

DOMINGOS –Ninguém conseguiu pescar nada hoje.

FELIPE – Parece que os peixes sumiram do rio.

VEREADOR – Homens: vocês receberam a ordem! Vão e pesquem os melhores peixes. E rápido!

JOÃO – Sim, Excelência.

DOMINGOS – Sim.

(Os três pescadores saem por um lado enquanto o vereador sai pelo outro).

NARRADOR – Resignados os 3 pescadores lançaram seu barco nas águas do rio Paraíba.

(Entram os 3 pescadores com o barco e remam)

NARRADOR – Naquela noite nenhum pescador tinha conseguido pescar nem um peixe. Mas mesmo assim João, Domingos e Felipe tentaram.

(Os pescadores jogam a rede).

NARRADOR – Jogaram a rede ao rio, puxaram a rede de volta, e nada. Sem desanimar os pescadores jogaram a rede mais uma vez.

(Os pescadores jogam a rede novamente).

DOMINGOS – Nunca vi o rio Paraíba assim antes.

JOÃO – Parece que pescaram todos os peixes do rio e esqueceram de nos avisar...

NARRADOR – Outra vez os pescadores jogaram a rede.

(Os pescadores jogam a rede).

NARRADOR – E outra vez a rede voltou vazia. Sem desanimar os pescadores jogaram a rede mais uma vez. E dessa vez...

JOÃO – Parece que pegamos alguma coisa.

DOMINGOS – Vamos puxar logo a rede.

NARRADOR – Os homens puxaram a rede. E acharam o corpo de uma imagem de Nossa Senhora.

JOÃO – Olhem: é a imagem de Nossa Senhora da Conceição!

NARRADOR – Mas onde estaria a cabeça da imagem? Os pescadores jogaram novamente a rede. E dessa vez a rede trouxe a cabeça da imagem.
NARRADOR - Achar as duas partes da imagem de Nossa Senhora em pleno rio era um milagre. João juntou as duas partes da imagem e os homens descobriram suas cabeças.

(Mùsica: Trecho da Ave Maria. - Os pescadores tiram o chapéu.)

NARRADOR – Os pescadores então pediram a Nossa Senhora aparecida das águas:

PESCADORES – Nossa Senhora: rogai por nós.

NARRADOR – E jogaram de novo a rede ao rio. De repente sentiram a rede pesada. O que seria agora? Puxaram a rede e lá vieram os peixes. Eram tantos peixes que o barco dos pescadores quase afundou. E então os pescadores voltaram com os peixes e a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

(Os pescadores saem).

NARRADOR – Levaram casa e a colocaram num oratório. Logo os vizinhos foram chegando para rezar o terço.

(Os pescadores e Silvana entram com a imagem de Nossa Senhora e a colocam no oratório. Vizinhos vem logo atrás para rezar o terço. Música: trecho de “Dai-nos a benção, ó mãe querida...”)

NARRADOR – Os vizinhos sempre se reuniam para rezar o terço a Nossa Senhora Aparecida. Em uma dessas noites as velas do altar se apagaram sozinhas, sem que houvesse vento ou qualquer motivo pra isso. Silvana se levantou para acender de novo as velas.
E foi então que outro milagre aconteceu: as velas se acenderam sozinhas!

(música: trecho de Ave Maria)

NARRADOR – Era um sinal de que Nossa Senhora estava ouvindo as preces de todos que ali rezavam.

(Todos saem e atrás da imagem de Nossa Senhora entra um cenário de uma igreja)


NARRADOR – Cada vez mais e mais pessoas vinham rezar e pedir graças a Nossa Senhora Aparecida. Então uma igreja foi construída para abrigar a imagem da santa.
Certa vez um escravo chamado Zacarias fugiu da senzala de uma fazenda. Mas foi capturado e acorrentado.

(Entra Zacarias acorrentado puxado pelo feitor).

NARRADOR – Quando chegou na porta da igreja o escravo Zacarias pediu permissão para rezar a Nossa Senhora. O feitor deixou que o escravo rezasse. Zacarias então se ajoelhou, e com muita fé e muito ardor rezou a Nossa Senhora Aparecida. Nesse instante as correntes que prendiam o escravo se soltaram. Ele estava livre! Era mais um milagre de Nossa Senhora.

(A cena acontece conforme a narração do fato. Quando termina a narração, o escravo ergue as mãos para o alto e agradece a Nossa Senhora. O feitor se ajoelha e tira o chapéu. Música.)

(Depois disso os 2 saem de cena).

NARRADOR – Uma outra vez uma menina andava com sua mãe às margens do rio Paraíba.

(Entram mãe e filha)

NARRADOR – A menina era cega desde que nasceu. Por isso a mãe a ajudava a andar pelo caminho. De repente, quando avistam a igreja, a menina diz:

MENINA – Veja mãe! Como é linda a igreja de Nossa Senhora!

MÃE – Minha filha! Você está enxergando?

MENINA – Sim, mamãe! Graças a Nossa Senhora!

(As duas vão até a imagem de Nossa Senhora agradecer.)

NARRADOR – Era mais um milagre de Nossa Senhora: a cura da menina cega.

(Mùsica. Depois Mãe e filha saem).

NARRADOR – A fé em Nossa Senhora Aparecida foi aumentando cada vez mais. São incontáveis os milagres que Nossa Senhora já realizou, as graças que seus fiéis já conseguiram.
Nossa Senhora Aparecida é a padroeira do nosso Brasil. Por isso agora vamos cantar bem bonito:

(Música – “Dai-nos a benção”, seguido de uma ave Maria).

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