terça-feira, 21 de abril de 2009

Missa Completa para crianças: Os discipulo de Emaus

III Domingo da Páscoa - 26/04/09


Acolhida – Boa noite, queridas crianças. Boa noite a todos aqui presentes. Sejam todos muitos bem vindo a esta celebração.

Crianças, hoje, temos uma brincadeira diferente. Quero ver se vocês entendem mesmo desse negócio de reconhecer gestos e pessoas através de coisas que eles têm ou que eles fazem. Vamos lá?

Olhem só aquela capa ? A quem ela pertence? (Capa da madrasta da Branca de neve)

E aquela maçã na mão da bruxa? De quem será? (Branca de neve)

Nossa! Esse chapeuzinho é conhecido... Será de quem?

E essas três casinhas? Sendo que uma é de palha, outra de palito e outra de pedra São de alguns bichos, não é?

E essa cruz fica sempre em que lugar?

Vamos ver se reconhecem essa mão de gancho? De quem será?

Agora, eu quero ver é esse gesto de partir o pão? Quem é que faz? Onde foi que Vocês já viram esse gesto tão bonito?

Pois é isso mesmo, crianças! É de Jesus.

Vêem como reconhecemos pessoas e coisas através de gestos?

Assim foi com os discípulos de Emaús.

Emaús era uma vila, uma aldeia bem pequena, para onde alguns dos discípulos de Jesus caminhavam depois que ele morreu. Foi caminhando para essa vila que dois dos discípulos foram acompanhados por Jesus que apareceu a eles (isso depois que ele havia ressuscitado). Mas Vocês acreditam, crianças que eles não reconheceram Jesus? Andaram com Ele uma boa parte do caminho... Jesus foi conversando com eles, falando sobre várias histórias da Bíblia e tudo mais.

Só reconheceram Jesus, depois de muito tempo, quando Ele estava no meio deles e partiu o pão, então seus corações viraram brasa... Reconheceram Jesus naquele gesto de partir o pão e logo depois Jesus sumiu...

Que nós, hoje, não possamos ser assim... Que possamos reconhecer Jesus o tempo todo, em todos que estão perto de nós, nos que nos rodeiam, por toda parte, porque Jesus ressuscitou para permanecer entre nós.

Vamos todo em pé, cantar com alegria.

Ato penitencial – (ilustrações em lâminas)
Crianças, Vocês já ouviram falar da dengue, não já? A dengue que está por todo o Brasil e também pelos nossos países vizinhos é uma epidemia, pois ela se espalha através daquele pernilongo ali, não é mesmo?

Sabem de uma coisa? Eu fiquei imaginando que tem muita gente com essa epidemia, gente parada no pecado, igual água parada que se contamina como os focos da dengue, assim, como as pessoas estão se contaminando pela presença do mal em suas vidas.

A epidemia do pecado vai dominando nosso corpo, adoecendo nossos bons sentimentos, nos fazendo doentes, não nos deixando reconhecer Jesus nos pobres, nos doentes, nos tristes, nos velhos, nas pessoas que sofrem, na Bíblia, porque não nos deixa ler, ficamos cegos, mesmo enxergando, igualzinho aos discípulos de Jesus. A falta de fé nos cega, enchendo nossa caixa do coração desse mal. Igual a caixa d’água do foco da dengue, lotado de filhotes do mal.

Vamos caminhando sem rumo e não conseguimos enxergar os gestos de Deus em nossas vidas.

Assim contaminados por esse mal e querendo nos livrar do egoísmo que nos impede de ajudar os outros, da maldade que nos faz pessoas ruins, fracas... pedimos a Deus que nos envie seu perdão, como repelente, afugentando de nós, cada pecado, que nos impede de sermos um discípulo que caminha pra Jesus, reconhecendo-o em todos os seus gestos . Pedindo a Ele também que nunca nos deixe ser água parada, cristão tem que ser ativo na fé. Por isso cantemos pedindo perdão.

Leitura – Queridas crianças, vamos todos nos assentar. A leitura nos mostra Pedro em pé, com voz altaneira, falando à multidão, sem medo de dizer quem havia matado Jesus, homem aprovado por Deus e comprovado por suas obras. Mas a cruz não tinha prevalecido, pois Deus ressuscitara Jesus. Vamos ouvir?

PRIMEIRA LEITURA (At. 2,14. 22-33) Leitura dos Atos dos Apóstolos No dia de pentecostes, 14Pedro, de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22Homens de Israel escutem estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. 23Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse. 25Pois Davi dele diz: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. 27Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu santo experimente corrupção. 28Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria’. 29Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção. 32Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas. 33E agora, exaltado pela direita de Deus, Jesus recebeu o Espírito Santo que fora prometido pelo Pai, e o derramou, como estais vendo e ouvindo”. – Palavra do Senhor. T. Graças a Deus

Aclamação ao evangelho – Jesus é aquele que nunca nos abandona, Ele fica conosco, caminha conosco, senta e reparte o pão de cada dia conosco. Vamos todos ficar em pé e com alegria cantar para saudar nosso Jesus.

PRECES DOS FIÉIS

T. Ficai conosco, Senhor.

1. Quando nos sentimos fragilizados pela escuridão dos comportamentos que regem o mundo, tantas vezes contrários ao Evangelho e agressivos à Igreja: nos te pedimos Senhor.

2. Quando nos deparamos com a dura realidade dos idosos, doentes, moradores de rua e até de crianças abandonados como objeto descartável: nós te pedimos Senhor.

3. Quando, pela Palavra e pela fração do Pão, vos reconhecemos na Eucaristia: nos te pedimos Senhor.

4. Quando não conseguimos identificar vossa presença nos momentos difíceis, e nossa fé parecer insuficiente, nós te pedimos Senhor

5. Quando a fé nos falta e não conseguimos ver seus sinais nos outros que caminham conosco, nós te pedimos Senhor.

Ofertório – (oferecer pão , repetir o gesto de Jesus, ofertar roupas , alimentos nas mãos das crianças)

Jesus, hoje, quer também que nós o reconheçamos através de seus gestos Gesto onde Ele divide o pão . Pão que dá vida, que nos alimenta a alma e nos livra do mal.

Hoje também queremos este pão da vida... queremos porque a exemplo de tudo que nos foi ensinado por Jesus, temos a obrigação de repartir ações, gestos, lembrando-nos de tantos que precisam dessa nossa ajuda e de todas, ás vezes, que Ele nos ensinou a nos encontrarmos com aqueles que necessitam de nós.

Através dessa partilha , queremos colocar nossas ofertas de fraternidade, de não acumular riquezas em beneficio próprio, mas de construir no céu , com nossas ações o merecimento de se ter de Deus uma grande fortuna em graças .

Queremos que através deste pão, sejamos mais humildes, menos egoístas, possamos reviver Jesus todo dia, no que Ele nos alimenta com sua sabedoria e gestos para que sábios possamos ser como nossa missão de evangelizar .

Queremos oferecer nossos gestos de solidariedade, doando aos nossos irmãos aquilo que eles necessitam roupas, alimentos, cuidados, carinho, atenção, pois assim, estaremos realmente levando os gestos de Jesus aos outros.

Tudo isso, senhor, oferecemos junto ao pão e ao vinho, na certeza de que os gestos que o Senhor nos ensinou como grande mestre que o é, nós pequenos discípulos aprendemos por toda a vida. Amém.

Comunhão – Queremos sim, que Jesus venha partir o pão conosco e nos dê a graça de reconhecê-lo para sempre nesse sinal. Por isso, cantamos com amor e fé para saudar nosso Jesus.

Ação de graças. E pra gente ir para nossa casa feliz por reconhecer Jesus em seus gestos de amor e saber que podemos imitá-lo, tem uma pequena historinha para nos lembrarmos durante a semana sobre esses gestos. Vamos ouvir? (contar com palavras simples, não ler, porque senão fica enorme a missa).

Pastel, guaraná e Deus!

Havia um pequeno menino que queria se encontrar com Deus.

Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, portanto ele encheu sua mochila com pasteis e guaraná, e começou sua caminhada.

Quando ele andou umas 3 quadras, encontrou um velhinho sentando em um banco da praça olhando os pássaros.

O menino sentou-se junto dele, abriu sua mochila, e ia tomar um gole de guaraná, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então lhe ofereceu um pastel.

O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino. Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo, então ele ofereceu-lhe seu guaraná.

Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino. O menino estava muito feliz e eles ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastel e bebendo guaraná pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou a escurecer o menino estava cansado e resolveu voltar para casa, mas antes de sair ele se voltou e deu um grande abraço no velhinho.

O velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada em sua face.

"O que você fez hoje que te deixou tão feliz? Ele respondeu.

“ Passei a tarde com Deus “e acrescentou” Você sabe, ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi" Enquanto isso, o velhinho chegou em casa radiante, e seu filho perguntou:

"Por onde você esteve que te deixou tão feliz?”

Ele respondeu:

“ Comi pastéis e tomei guaraná no parque com Deus".

Antes que seu filho pudesse dizer algo ele falou:

"Você sabe que ele é bem mais jovem do que eu pensava?"

Nunca subestime a força de um sorriso, o poder de uma Palavra, de um ouvido para ouvir, um honesto elogio, ou até um gesto de carinho.

Tudo isso pode mudar a vida de alguém, esses gestos nos fazem entender o grande mistério que é o amor de Deus, ele se revela em pequenos sinais e vem pra nos fazer amarmos muito mais uns aos outros. Saiam também, crianças, pela vida procurando Deus e encontrando nos irmãos os gestos de amor que ele nos ensinou.

Evangelho – (Pode ser contada com os personagens por perto fazendo as vozes, ou com lâminas no retro)

Quem avisa amigo é...

Era uma vez um sítio muito longe daqui... Ali virando ali perto (citar um lugar onde as crianças conheçam e pareça longe)

Era o sítio Emaús... Lá vivia um casal muito trabalhador.

Eles cuidavam com carinho de todos os bichos do sítio: uma vaquinha... um cavalo. Um carneiro... Um cachorro... Um galo e um gatinho

Os bichos viviam no curral, mas era tudo a maior limpeza, o maior conforto... Água limpinha, comidinha na hora certa... Pois o seu Zé e a dona Rosinha não mediam esforços para manter o sítio arrumado e cheiroso.

Mas, acontece, que entre os bichos maiores dos quais cuidavam, viviam outros que eles nem sabiam que eram como eles, organizados e limpinhos: era a família do ratinho Caipira.

Todas as tarefas executadas pelo Senhor Zé fazia , o ratinho Caipira também executava ... O seu Zé colocava as cobertas no sol, o Caipira também... Seu Zé varria os terrenos da fazenda , o seu Caipira também varria os terrenos da sua casa ...

Rato ____ “cume que num vó pó as coberta pra fora?... o sol mata o micróbio todos né ” ele dizia...

Contudo, como era de se imaginar, o seu Zé e a dona Rosinha não sabiam da existência do Caipira e sua família, pois não iriam gostar de ficar sabendo que estavam criando ratos em casa, de jeito nenhum, eles permitiriam isso.

Não podiam imaginar que estes eram diferentes...

O ratinho Caipira sabia que não podia se exibir pelo sítio, mas isso não o impedia de manter boa amizade com os grandes animais que viviam no celeiro. Estes, por serem maiores e, por terem os cuidados do seu Zé, ficavam muito orgulhosos e se podia dizer até que eram bem preguiçosos... aproveitadores da situação.

O cavalo ia com aquele trote vagaroso, levando a carroça, quando seu Zé precisava ir à cidade...

A vaquinha dava o leite só mesmo porque seu Zé tirava... Êta vaquinha preguiçosa... Era tal de ficar mastigando o “dintirinzim.”.

O carneiro dava a lã quando o seu Zé tosava... Nem pra tirar o paletó de lã que a cobria , o danado se adiantava... (custava tirar aquele agasalho pesado de lã que ele carregava?)

E os outros bichos eram do mesmo jeito... O cachorro que nem sinal dava... era um mulambo que só comia e dormia . O galo só ensaiava o cantinho pela manhã, diz que está economizando a voz, em medo de ficar afônico andava sempre assim , cantando tão baixinho que ninguém o ouvia ... E o gatinho, por ser preguiçoso, não corria atrás da família do seu Caipira.. que, por sua vez, então teve tempo para educar seu filho Tim bem direitinho. Nada no cantinho dos ratinhos era sujo ou bagunçado... Caipira era um ratinho trabalhador como o seu Zé, mas já não era jovem... seu filho Tim já estavam saindo para estudar fora ... Estava mais sozinho, mas não desanimava...

Fazia a ronda por seus cantinhos todos os dias e não deixava nada fora do lugar...

E foi numa dessas rondas que ele viu chegar uma barata forasteira... Com uma cara de poucos amigos e carregando uma carga suspeitíssima... O pacote fazia um barulho estranho... (Vamos ouvir? ZZZZZZZZZZZZZ).

Seu Caipira ,de longe, observava tudo... E viu, quando a barata abriu o pacote e de lá voaram 7 mosquitos-bomba-dengue...

_ “Não é possível”! - disse Caipira... Essa barata está à serviço do encardido.. do mal-cheiroso... como é que ela vem espalhar “isso” por aqui? Logo aqui, depois de tantos anos de limpeza e organização?...

”Mas contra os tais mosquitos-bomba não havia o que fazer... Ele teria que se desdobrar para limpar ainda mais seus cantinhos... Só que seu corpinho frágil já não conseguia subir até a caixa d’água, procurar todas as poças de água do sítio... Nos vasos de flores da dona Rosinha... Uau! Como seria isso? Ele já estava velhinho e sem companhia...

Então ele teve uma idéia...

Rato – já sei, vou contar pra Dona galinha sobre os mosquitos bombas , ela há de querer correr atrás deles e comê-los todinhos.

Chegando ao galinheiro e olhando a folga da galinha arrumando as unhas, foi logo falando:

Rato _ Dona galinha do céu!! A senhora não sabe o q está acontecendo aqui no sítio?

Galinha – Cocorocó, não quero saber mesmo...

Rato __ Mas a senhora tem que saber é caso de morte. A barata maldosa trouxe os mosquitos bombas dengues para o sítio, se a gente não cuidar nós vamos morrer?

Galinha _- “Ce tá” louco, rato? Desde quando mosquito morde galinha? Para que eu vou me preocupar com isso? Eu não dou dengue não, meu filho, a gripe que mata é asiática e como diz o nome, tá bem longe, e vai saindo que está atrapalhando eu lixar o meu dedão. Bicho nojento, credo!! Sabe que eles vieram para acabar com essa sua família nojenta de ratos e vem querendo me pedir ajuda, vocês é que se explodam com esses mosquitos.

E a galinha não deu mais ouvidos ao ratinho que foi logo falando com o senhor porco:

Rato – senhor porco, que tragédia!

Porco __ Tragédia? Quer dizer que acabou o milho? Como vou fazer pra encher a pança?

Rato _ Não é isso, senhor porco, é que eu tenho uma notícia bem pior do que isso!!!

Porco _ Pior do que não comer? Eu desconheço.

Rato _ Sabe a dona barata sujeira, aquela porca. Quero dizer aquela songa?! Ela trouxe aqui para o sítio os mosquitos da dengue... Estamos todos perdidos.

Porco _Perdidos? Que perdidos o quê? O senhor está perdido, pois assim os donos farão uma grande limpeza no sítio e irão te descobrir e vão matá-lo. O problema é seu, seu rato, é do senhor e não meu... E vai saindo que eu quero mais é roncar. Chispa já!

Mas o ratinho não desistiu, saiu ainda correndo lá pelas bandas do curral e contou a dona vaca tudinho de novo. E ela falou assim

Vaca _ Um... Mu... Um... Problema seu, com a limpeza é você quem vai se danar, porque vão te descobrir e te matar. Agora comigo que mal há? Sou vaca, “beinhen’, sou chique, mosquito dengoso, só faz carinho no meu cangote. Vá saindo vai.

Nisso crianças, ninguém quis acreditar no ratinho e nada fizeram pra impedir a proliferação dos muitos mosquitos bombas no sítio.

E foi justamente numa tarde, quando dona Rosinha estava colocando água no vasinho de planta que o mosquito bomba lançou sobre ela a carga da dengue, que penetrou no seu corpo fazendo-a adoecer.

Pobre Senhor Zé, ficou louco quando viu sua Rosinha doente. Levou-a no posto de saúde mais perto de casa e ai descobriu que estava lotado, tinha gente até no teto.. Perambulou por toda parte e não encontrou nem um hospital que tivesse vaga. Então voltou para casa e vendo a mulher fraquinha com dor, pensou:

Zé _ Se eu não cuidar de minha mulher, ela pode morrer, como tem que tomar muito líquido, vou fazer uma sopa pra ela. Essa “veia” me faz uma falta!!! Como gosto dela.

Foi até o quintal, pegou a galinha de unhas feitas e passou a faca no seu pescoço. Matou a galinha pra fazer um caldo pra esposa.

A coitadinha da Rosinha , muito doente, custou a tomar a sopa, mas nada, a mulher estava cada vez mais fraca.

O ratinho arrumou uma patrulha em casa dos ratinhos pequenos pra combater o mosquito, tentava e tentava pegar os danados dos mosquitos bombas, mas que nada, os bichos eram danados de esperto e ainda por cima, eles voavam...

Enquanto isso, dona Rosinha ‘tava’ mal demais, foi preciso chamar a família dela toda pra ver se ajudava, só que o pior aconteceu, a “parentaia” toda foi picada pelos mosquitos-bomba. Era gente doente pra todo lado.

Então, o Senhor Zé, apertado com aquele povão doente lá na casa dele, não teve jeito. Pra dar de comida a todos, foi lá fora, olhou para o porco naquela folga, comendo seu milhozinho de sempre, puxou o bicho pelas orelhas, jogou ele no terreiro e passou a faca. Era uma vez um porco .

Enquanto isso, a patrulha do Senhor Ratinho Caipira vasculhava o sítio afugentando a mosquitada.

Dona Vaca só mugia Calmamente como se nada pudesse afligi-la

Mas os outros bichinhos, cachorro, galo e o gato começaram a achar que o rato tinha razão, era preciso limpar o lixo todo daquele chão e puseram a ajudá-lo, jogando todos os criadoras dos mosquitos fora, tentando eliminar mais bichos que pudessem vir ali morar.

E na casa nada dos doentes melhorarem. Dona Rosinha estava murchinha, morre, num morre... Estava mal demais. E numa noite dessas, buscando posto de saúde, de posto em posto, aconteceu o pior. Dona Rosinha murchou de vez, faleceu... De dengue... E foi aquela tristeza, nem sabiam se choravam por ela ou se choravam porque teriam o mesmo destino da defunta.

E ai, não tinha jeito, era gente demais na casa do senhor Zé, que passou a abrigar o povo da região que estava doente, era comida demais e alimento de menos. Sabem o que ele fez?

Foi ao curral, dona vaca mansa mascando chicletes nem percebeu, ele então deu uma porretada na cabeça dela e ela caiu durinha no chão. Era uma vez dona vaca lambida. E assim, com sua carne ele alimentou a “parentaia” toda doente.

Lá no sítio, agora, a patrulha estava grande. Era bicho ajudando de todas as formas, bicho não querendo morrer de jeito nenhum e num gesto de solidariedade, foram jogando pó de café nos canteiros, foram limpando as vasilhas com água parada e tirando o sujo de lá. Os gestos do Caipira forma se espalhando e sendo reconhecido por aquelas bandas de lá . Através de seus exemplos toda a vizinhança, o seguia agora.

Enquanto o senhor Zé chorava e cuidava dos doentes, a bicharada junta, cuidava de espantar os bichos... E sabem quem foi que eles acharam? Dona barata malvada e ai, ele se juntaram e deram um couro nela, até ela ficar descascada, por isso é que eles nos chamam, quando fazemos coisas erradas e ficamos feios “de barata descascada”. E ela sumiu pra sempre levando com ela os mosquitos da dengue.

Bom, crianças... Quem avisa amigo é... O ratinho quis que todos acreditassem no mal que estava rondando o sítio, os que não deram ouvidos foram os primeiros a morrer, mas aqueles que reconheceram no ratinho em seus gestos de amor ao próximo, esses se salvaram.

Pense em como essa história pode ajudá-los na vida prática. Deus também nos chama a fazermos o mesmo gesto, a cuidar da nossa casa terra, a dar dignidade para nossos irmãos doentes, a nos unirmos em gestos e fazermos com que todos tenham vida e vida em abundância. Vamos enxergar em Jesus seus gestos de bondade para com cada um de nós. Amém!

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